A primeira presidenta eleita da história do país, Dilma Rousseff, trouxe com ela um time de nove ministras para a cúpula do governo. Nunca a presença feminina no alto escalão foi tão ampla. Há 20 anos, quando Marie Claire foi lançada, a chegada da mulher ao poder era uma aspiração, um sonho. Esse retrato histórico e as entrevistas exclusivas celebram essa conquista
Ideli está em clima de lua de mel com o segundo marido, 12 anos mais novo. Maria do Rosário tem uma filha de 10 anos que, ao levar bronca, ameaça ligar para o disque-denúncia. Izabella não quis ter filhos. Ana lembra com orgulho o dia em que seus pais a levaram para conhecer Jean-Paul Sartre e Simone de Beauvoir. Luiza dedicou a vida a um ideal e não fala da vida pessoal. Tereza luta contra um câncer de mama e a extrema pobreza do Brasil. Helena tinha o telefone de casa grampeado na infância. Iriny foi ameaçada de morte após denunciar crimes. Miriam teve o ex-marido assassinado e nem por isso desistiu da batalha.
No dia 15 de março, todas essas histórias se cruzaram no quarto andar do Palácio do Planalto. Foram dois meses de negociações e entrevistas exclusivas até que as nove ministras topassem posar juntas para a foto acima. A primeira a chegar, às 8 h, foi Ana de Hollanda, da Cultura. "Ai, estou toda amassada." O clima, à despeito dos cargos, era de descontração. "Cadê Tereza, láialaiá, laiá, laiá", cantou Ideli Salvatti, da Pesca, ao notar o atraso da ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello. "Ajeita a saia Miriam [Belchior, do Planejamento]. A foto não é para a revista masculina", disse Izabella Teixeira, do Meio Ambiente. Entre retoques na maquiagem e escovadas de cabelo, as ministras despacharam umas com as outras, por telefone ou com seus assessores. Como resumiu Ideli: "Foi a melhor reunião ministerial do governo".
Fonte: Marie Claire/PBAgora
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