segunda-feira, 7 de março de 2011

PT TENTA FAZER FRENTE A ALIADOS E ANTECIPA CALENDÁRIO ELEITORAL.

Preocupado com disputas internas e na base, sigla decidiu instalar na volta do carnaval comissão que cuidará da corrida de 2012

Em meio à movimentação intensa de aliados históricos como PSB, PC do B e PDT, o PT decidiu antecipar a preparação para as eleições municipais de 2012. O presidente nacional do partido, José Eduardo Dutra, deve nomear logo depois do carnaval, na primeira reunião da Executiva Nacional petista, quase dois anos antes do pleito, a Comissão Eleitoral Nacional que vai preparar o PT para as disputas de 2012.
Levantamento preliminar da direção petista aponta divergências com aliados ou entre facções internas do partido em algumas das cidades mais importantes do País. “A situação hoje é muito ruim. Não podemos fazer como nas últimas vezes em que deixamos tudo para a última hora. Desta vez é diferente. Não temos mais o Lula candidato e a eleição de 2012 vai definir boa parte da disputa em 2014”, disse um dirigente petista.
Em pelo menos duas capitais importantes, a direção nacional terá que mediar disputas internas cada vez mais acirradas.
Em Belo Horizonte o cenário é de um novo round na disputa entre o ministro da Indústria e Comércio, Fernando Pimentel, e o ex-ministro do Combate à Fome, Patrus Ananias. Os desentendimentos entre os dois caciques já duram quatro anos e prejudicaram tanto Pimentel quanto Patrus nas eleições de 2010, aumentando a hegemonia do ex-governador Aécio Neves (PSDB) em Minas Gerais.
Em Recife, capital do Estado onde o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve seus maiores índices de popularidade, o ex-prefeito João Paulo Lima e Silva e seu sucessor, João da Costa, ambos petistas, vivem às turras desde o ano passado.
Em outras capitais importantes, a cúpula petista terá que equacionar os interesses do partido e de aliados locais. Em Porto Alegre, a direção nacional identificou uma tendência de o governador Tarso Genro (PT) apoiar a candidatura da deputada Manuela d’Ávila (PC do B), em detrimento do PT.
No Rio de Janeiro, a tendência é o PT ser forçado a apoiar a reeleição de Eduardo Paes (PMDB). Já em Curitiba o partido está nas mãos da senadora Gleisi Hoffman, considerada o único nome competitivo do partido na capital paranaense, mas que ainda não foi convencida a se candidatar.

Fonte: Ricardo Galhardo/iG São Paulo

Um comentário:

Mozart Maranhão disse...

Faz tempo que o PT vem monitorando cidades grandes; médias e pequenas. O PT é extremamente estrategista e sabe que pesquisas na mão são o ponto inicial de um trabalho bem sucedido. Em silêncio, como quem não quer nada, o PT sabe do momento político de muitas cidades como ninguém. É bom outras siglas partidárias correr muito, por que em muito breve as campanhas estaram nas ruas de fato.