segunda-feira, 28 de março de 2011

BRIGA DE 2014 "NACIONALIZA" PLEITO DE 2012.

Partidos ensaiam projetos comuns para enfrentar PT, que tratará de maneira nacionalizada capitais estratégicas para aliança nacional

As eleições municipais de 2012 devem romper a tradição segundo a qual a sucessão nas prefeituras é uma briga entre lideranças locais. Depois de três derrotas presidenciais, a oposição ensaia projetos comuns, num jogo eleitoral que pode ser de vida ou morte. O PT, por sua vez, que não quer ser apeado do poder central, vai "nacionalizar" a disputa em algumas capitais.
"O PT definiu que tratará de maneira nacionalizada capitais estratégicas para nossa aliança nacional", adianta o ex-deputado Virgílio Guimarães (MG), agora dirigente nacional petista. Ele avalia que 2012 pode ser "definidor para o projeto 2014", a partir de Belo Horizonte, onde a aliança nacional com o PSB será posta à prova, em disputas com o PMDB e o PC do B, todos da base do governo Dilma Rousseff.
Visto pela oposição como pré-candidato ao Planalto, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) já mostra preocupação, certo de que o resultado da briga mineira estará vinculado ao desempenho de lideranças nacionais - como ele. "Há sempre a leitura do quem ganhou e quem perdeu", diz Aécio, ao admitir que as eleições municipais ajudam a montar o tabuleiro da disputa presidencial de 2014.
Na ponta oposicionista do espectro político brasileiro, líderes do DEM, do PSDB e do PPS pregam a unidade das siglas já partir deste ano. "Fraturar agora, para juntar os cacos lá na frente, não adianta", afirma o líder do DEM na Câmara, ACM Neto (BA). Deputado federal mais votado em seu Estado, Neto pode ser preservado para uma disputa pelo governo baiano, o que facilita o entendimento em torno do deputado e ex-prefeito da capital Antônio Imbassahy. (PSDB). Ele defende a tese de que a união é fundamental: "O descolamento das oposições em 2010 não contribuiu".

Fonte: Christiane Samarco, de O Estado de S.Paulo

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