O Jornal Estado de São Paulo revelou nesta segunda-feira (7) que o destino do ex-governador da Paraíba, José Maranhão (PMDB), não será a vice-presidente de Loterias da Caixa.
O Jornal apurou que Dilma não quer ouvir falar em nomes políticos para os órgãos técnicos. O futuro dos políticos será resolvido após o carnaval, e o ministro Antônio Palocci adiantou que outros espaços serão encontrados para os políticos que não conseguiram se eleger.
O PMDB também mudou a tática, e não mais pressionará a presidente Dilma pelos cargos do primeiro e segundo escalão. Tudo agora será tratado pelo vice-presidente, Michel Temer.
O destino do líder do PMDB da Paraíba está cada vez mais difícil de ser decifrado.
PMDB revê tática e evita confrontar Dilma
Para não emperrar ainda mais a disputa por postos estratégicos, partido vai preferir intermediários a falar diretamente com presidente.
Um mês e meio de confronto com a presidente da República por causa dos cargos nos ministérios e no segundo escalão foi suficiente para o PMDB mudar a sua forma de conviver com Dilma Rousseff. A partir de agora, a decisão dos peemedebistas é de não mais falar em cargos nas conversas com a presidente, pois é sabido que ela detesta o assunto.
Está prevista uma nova rodada de negociações em torno de nomes do PMDB depois do carnaval, quando serão definidos os postos em que deverão ser acomodados alguns dos derrotados, como o ex-ministro Geddel Vieira Lima (Integração Nacional), os ex-governadores José Maranhão (Paraíba), Iris Rezende (Goiás) e Orlando Pessutti (Paraná). Em nenhum momento, porém, a cúpula falará com a presidente. O interlocutor será o ministro da Casa Civil, Antonio Palocci.
A Dilma o PMDB tem outro tipo de mensagem, a de que se convenceu de que é governo de fato e de direito e, com ela, quem conversa é o vice, Michel Temer, presidente licenciado da legenda. Qualquer queixa que o partido tiver, no máximo será levada a Temer, que decidirá se vai encaminhá-la à presidente.
São dois os motivos que levaram o PMDB a se recolher, informam dirigentes da legenda. Em primeiro lugar, o partido percebeu que Dilma não se deixa pressionar por cargos. Ela sabe que os partidos têm direito a eles, na divisão dos pedaços do bolo para a base aliada. Mas quer que as coisas ocorram no devido tempo. E nos lugares apropriados.
Por exemplo: para as vice-presidências do Banco do Brasil e da Caixa não quer nomes de partidos, mas técnicos que entendam de assuntos financeiros. Não se importa se esses técnicos forem apadrinhados por alguma legenda. Assim, tanto Geddel quanto Iris e Maranhão, candidatos às vices dos bancos oficiais, dificilmente serão nomeados para algum cargo por lá. Palocci já avisou que outras vagas deverão ser encontradas para os candidatos.
Fonte: Redação com Blog do Victor/PBAgora/João Domingos/O Estado de S.Paulo
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