Sob alegação de divergências no campo “administrativo e ideológico” o Partido dos Trabalhadores de Caicó resolveu pôr fim à parceria com o prefeito da cidade, Bibi Costa (PR). O rompimento, no entanto, deve ser limitado, uma vez que o atual vice-prefeito, Gilberto Costa, é do PT e poderá permanecer no cargo para o qual foi eleito em 2008. A decisão final deve sair somente na próxima segunda-feira, conforme a presidente do diretório municipal, Fátima Saraiva, quando os dirigentes da legenda devem se reunir para tratar o assunto. Ela já deu pistas, porém, sobre o que deverá ser decidido pelos petistas caicoenses quanto à permanência ou não no cargo.
Algumas pessoas do partido chegaram a pensar na renúncia, mas analisamos que o mandato foi dado pelo povo”, disse Fátima, que também é esposa do vice-prefeito. Gilberto Costa é funcionário do INSS, e optou por receber os vencimentos do órgão. Ele não recebe salário da prefeitura.
A deputada federal Fátima Bezerra (PT) esteve ontem em Caicó e afirmou que acatará qualquer decisão dos dirigentes do município. “O diretório do PT de Caicó tem autonomia para avaliar qual o melhor caminho”, disse ela.
A presidente do PT caicoense alegou que o prefeito Bibi Costa não dialoga com os aliados e os exclui das decisões relativas à gestão. Além disso, enfatizou, as ideologias de ambos diverge em demasia. “Não há respeito com a população de Caicó. Recentemente os funcionários públicos fizeram greve e também nesse episódio sentimos uma completa falta de afinidade”, enfatizou a dirigente municipal.
Fátima Saraiva observou ainda que a expectativa gerada quando firmaram a aliança eleitoral, no sentido de se realizar uma administração em parceria, não se concretizou. “Nós sabemos que as decisões são do prefeito, isso não contestamos. Mas não somos sequer ouvidos. Por que, se éramos aliados?”, indagou ela.
O PR, partido de Bibi Costa e que tem o comando do deputado federal João Maia, faz parte da base de sustentação da presidenta Dilma Rousseff. Em virtude da parceria, os petistas de Caicó evitam a palavra “rompimento”. “Nós estamos saindo da gestão, mas nós não estamos rompendo com João Maia, por exemplo. O afastamento é de Bibi e da prefeitura. Isso não significa dizer, também, que nós guardaremos mágoa e que não possamos dialogar posteriormente”, disse Fátima.
Fonte: Tribuna do Norte
Nenhum comentário:
Postar um comentário