sábado, 16 de abril de 2011

100 DIAS DE GOVERNO RICARDO. TEMOS O QUE COMEMORAR?

Sim. O simples fato de não ter Maranhão como governador já é motivo de festa. Saber que a Paraíba não está mais sob o jugo do atraso coronelista me deixa contente. O que vier pela frente é lucro. A única certeza que tenho com os 100 dias do governo de Ricardo Coutinho é que pior que seu antecessor ele não vai ser. Um bom começo.
A meu ver, o povo paraibano que votou em Ricardo (e o que não votou também) tem motivos de sobra para comemorar o início de uma nova postura política. Que não é nada surreal ou abstrata, apenas uma postura republicana que deveria ser obrigação para todo gestor. A nova postura que me refiro, diz respeito ao uso inteligente e honesto dos recursos públicos, que não caem do céu, saem apenas do bolso de quem paga imposto. Seja rico ou pobre.
Zelar o dinheiro público e não queimá-lo em obras eleitoreiras e sem finalidade já é um bom começo para um governo de apenas 100 dias. Um governo que ainda luta para se enquadrar na Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF. Lei que deveria ser seguida à risca pelo governo passado, mas que numa busca desenfreada pelo poder, vitimou não só o Estado, mas toda uma população que depende da excelência dos serviços públicos.
Os opositores criticam Ricardo porque ele não conseguiu, como num passe de mágica, transformar a Paraíba. Isso aconteceu com Lula em 2003, seu primeiro ano de governo. O resultado a gente vê agora; um País em crescimento, organizado, grande, firme e mais respeitado. Se Ricardo seguir a mesma trajetória do governo Lula, teremos sim, muito mais o que comemorar.
A crítica que faço aos 100 dias recai mais sobre a equipe de Ricardo do que ao próprio governador. Precisam avançar mais nas ações de suas secretarias e lembrar que agora fazem parte do governo. Não estão mais na Oposição. Portanto, discurso por discurso não tem efeito prático e não faz o governo avançar. Não vou citar nomes para não constranger determinados membros do governo. Mas o próprio governador conhece as vacas que não dão leite. E fará mudanças em breve.
Em alta
Nos 100 dias, os que mais se destacaram no governo de Ricardo foram: Walter Aguiar, Nonato Bandeira, Rômulo Gouveia e Gustavo Nogueira. Uma ressalva para Walter Aguiar, que logo mais vai juntar “37” deputados na bancada ricardista. Esse sabe cozinhar a oposição, afinal, ele é “chef”. O resto precisa melhorar, e muito. O próprio governador cansou de dizer que ninguém tem cadeira cativa na gestão girassol. Ninguém.
A ilusão de Raissa
Poucos perceberam, mas a saída da vereadora Raissa Lacerda do DEM para o PSD revela uma vontade que ela tem de ser indicada como candidata a vice-prefeita na chapa de Luciano Agra em 2012. Coitada, não sabe ela que a vaga de vice já foi definida e será do PSB, como em 2008.
Veneziano e o “tiro no pé”
Foi um verdadeiro “tiro no pé” a crítica do prefeito Veneziano, cobrando que Rômulo e Romero se empenhassem para trazer recursos para o maior São João do Mundo. O cabeludo cobra unidade e apoio, mas, se realmente está preocupado com a população, porque ele não orientou os deputados federais do PMDB a comparecerem ao encontro da bancada paraibana com Ricardo Coutinho em Brasília no mês de março?
Competência
O gerente operacional da Casa da Cidadania de Campina Grande, Olavo Rodrigues, está desenvolvendo um trabalho excelente. Em poucos meses, Olavo reduziu as filas no atendimento, ampliou serviços e moralizou o órgão. Acima de tudo, a Casa da Cidadania está tratando a população com respeito. Olavo serve de exemplo para muitos auxiliares de Ricardo que andam acomodados demais. Ou então, caíram de vez no amorfismo da gestão pública.
PT nanico
Não fossem os três deputados estaduais e um federal, o PT da Paraíba já estaria classificado entre os partidos nanicos. A gula de Rodrigo Soares fez com que o PT perdesse o cargo que hoje é ocupado por Rômulo, já que existia a possibilidade de uma composição na chapa de Ricardo Coutinho. Aliás, todos os ex-presidentes do PT usaram o partido para projetos pessoais. Todos. Inclusive, Luiz Couto e Frei Anastácio.

Fonte: Alan Kardec/PBAgora

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