Menos de um mês ocupando cadeiras na Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), as estreantes no legislativo e esposas de políticos experientes, Gilma Germano (PPS), Eva Gouveia (PTN) e Léa Toscano (PSB), ainda se mostram “tímidas” na tribuna, mas garantem que durante o mandato caminharão com as “próprias pernas”.
Tentando desatrelar suas imagens a de seus maridos, algo que muitas vezes é um trunfo nas campanhas eleitorais, as parlamentares afirmam que têm estilo próprio de trabalhar e negam que estejam apenas guardando “vaga” na ALPB ou que irão atuar à sobra de seus companheiros.
Gilma Germano, esposa do prefeito de Picuí e presidente da Federação das Associações dos Municípios da Paraíba (Famup), acredita que na região de Picuí já a imagem política dela já não é tão atrelada à de Buba e acha que o mesmo vai acontecer com o restante do estado durante o mandato na ALPB. “Eu fiz um trabalho na Secretaria de Ação Social da minha cidade que me deu credibilidade para ser candidata. As pessoas que não conhecem meu trabalho podem achar que estou muito ligada à questão do político Buba”, comentou.
“Tenho o prazer de tê-lo como uma pessoa que realmente tem me incentivado a participar da política. Buba foi um grande incentivador para que eu me candidatasse, mas eu tive um trabalho que me deu credibilidade”, completou.
Eva Gouveia, que também ainda não tinha cumprido um mandato eletivo, acredita que a experiência dos anos que acompanhou o marido, o vice-governador Rômulo Gouveia, poderá ajudá-la na sua vida política. “Antes mesmo do convite para concorrer a uma vaga na assembleia, eu já estava filiada a um partido político, pois sempre participei ao lado do vice-governador das discussões sobre os problemas da Paraíba”, ressaltou.
Eva e Gilma: uma história de suporte aos maridos
Além de serem esposas de políticos renomados e estarem pela primeira vez na Assembleia Legislativa, Gilma Germano e Eva Gouveia também têm em comum a forma como foi iniciada a carreira política, sempre acompanhando o marido em seus mandatos.
O vice-governador Rômulo Gouveia (PSDB), relembra o tempo quando Eva começou a dar os primeiro passos juntos aos eleitores. “Todo ser humano tem, na verdade um pouco de política. Eva já tinha um tio-avó que era militante em Sumé e depois que nos conhecemos e começamos a namorar ela já começou a me ajudar nas minhas campanhas, sempre esteve do meu lado”, contou.
Segundo Rômulo, muitas vezes, a esposa ficava com o que ele considera o trabalho mais difícil. “Ela trabalhava muito no corpo a corpo com os eleitores, ouvindo os desejos deles”, revelou. “E quando fui presidente da Assembleia ela assumiu a presidência da Associação Promocional das Esposas dos Parlamentares, então ela já conhecia um pouco o legislativo”, completou.
A oportunidade de entrar definitivamente para a política, segundo Rômulo, surgiu quando ele foi convidado para ser candidato a vice-governador na chama encabeçada por Ricardo Coutinho (PSB). “Nunca havia possibilidade dela disputar um mandato, mas as circunstâncias quando fui convidado para ser o vice mudaram. Passei a ter uma cobrança da minha base para ter alguém no legislativo para acompanhar os pleitos dos municípios da minha região”, acrescentou.
De maneira parecida, surgiu para Gilma Germano a oportunidade para se candidatar. Segundo Buba Germano, há mais de 25 anos a região de Picuí não tinha um representante na Assembleia. “Havia esta necessidade da região ter um representante e o mais provável é que fosse eu ou ela. Como eu teria que renunciar ao mandato de prefeito e à presidência da Famup, optamos pela candidatura dela”, lembrou.
E assim como Eva, a entrada na política começou pelo apoio que dava ao marido. “À frente de programas sociais, ela começou a dialogar com as comunidades mais carentes e isto ajudou a despertar nela a vontade de poder fazer mais”, acrescentou.
Fonte: Natália Xavier/Jornal da Paraíba
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